Rita Xau Xau

Registo da minha viagem pelo Oriente.

2006/05/28

Barcos Dragão


A Festa dos Barcos Dragão é uma festa chinesa muito antiga, que se realiza no 5º dia do 5º mês do calendário lunar chinês, em que se presta homenagem á integridade moral do juíz Wat Yuen. Hoje em dia todas as celebrações estão concentradas nas famosas corridas dos Barcos Dragão que em Macau se realizam nos Lagos Sai Van, em frente da Avenida da Praia Grande. A participar estão muitas equipas locais e do estrangeiro, femininas e masculinas.Neste ano contou com a presença da repórter especial ;) que vos traz em primeira mão algumas fotos. O dia esteve tristonho (com chuva e neblina) mas nem se deu por isso à chegada ao local do evento! Muita energia e muita cor!!!

2006/05/08

Singapura


Na semana a seguir à viagem ao Camboja fomos conhecer Singapura. Aproveitámos o feriado de 5 de Maio, o aniversário do Buda, e voámos rumo à limpa cidade de Singapura. A cidade onde não se cospe no chão, não se masca pastilha nem se passa fora da passadeira. Bem, a não ser uns turistas portugueses... ;) Ficámos alojados numa casa de “mochileiros” ( pessoal que viaja de mochila às costas) na Little India, o bairro indiano de Singapura. É muito engraçado porque a cidade tem bairros muito distintos que vão da Índia à China e ao bairro colonial. Singapura é uma mistura de três povos distintos, o malaio o chinês e o indiano e isso está presente em toda a cidade, nos templos, nas pessoas ou nos restaurantes.
E a nossa viagem foi vivida precisamente nos bairros mais típicos. No Little India, onde fomos a templos hindus e muçulmanos (nestes últimos fiquei à porta...). Na zona colonial com os edifícios tipicamente europeus. Na China Town com as ruas muito coloridas e os templos budistas.
Singapura é uma cidade limpa e espaçosa. Também tem edifícios muito altos de arquitectura vanguardista e avenidas muito largas em grande harmonia com o espaço envolvente e bastantes espaços verdes. Mas ainda assim continuo a gostar mais de Hong Kong. É mais cosmopolita!! Em Singapura senti a falta do rebuliço da grande cidade, dos magotes de pessoas...
Outro factor foi ter acabado de chegar de uma viagem de sonho e ainda estar extasiada com as vivências anteriores...
Passamos dois dias na cidade. No segundo fomos inclusivamente à ilha Santosa que é uma ilha artificial criada para fins turísticos mas que parece natural. Soube bem estar numa esplanada à beira mar a ouvir bossa nova e a beber um expresso! Luxos a que me posso dar raramente por estas bandas...De Singapura seguimos para Malaca, que fica entre Singapura e Kuala Lumpur, e que conhecemos por memórias de tempos coloniais. Deve dizer que foi uma grande desilusão! Estava à espera de encontrar uma cidade cheia de história e com vestígios portugueses e encontrei um sítio sujo, com poucos pontos de interesse e com a história apagada pelo tempo e pelos diferentes países colonizadores... Prefiro não gastar mais espaço a falar de Malaca. Tenho algumas fotos para o pessoal mais curioso mas mostro no meu regresso.

2006/05/04

Camboja



A viagem ao Camboja... Aiaiaiai... Sem dúvida uma das viagens de sonho que ficou ainda além das expectativas! Resumidamente: Chegámos a Siem Reap dia 29/04 pelas 11h40m e mergulhámos num calor imenso. Seguimos de taxi até à Smiley’s, a Guest House em que ficámos acomodados. Lençóis era mentira e as condições de higiene, como dizer,...., não eram perfeitas, mas o que interessa era que já lá estávamos! Na primeira tarde em Siem Reap fomos até à “aldeia flutuante” que é um conjunto de casas construídas sobre um lago, onde os miúdos quando querem brincar entram em tinas de plástico tipo alguidares e lá vão eles. Na verdade penso que aquele estilo de vida se deve mais à atracção turística que representa do que à necessidade, mas não deixa de ser um “cenário” curioso. Neste passeio fomos acompanhados por um rapazote cheio de energia que coloriu a viagem com as suas manobras náuticas. Nesta tarde o que mais gostei foi das paisagens... Muito verde e casinhas de madeira e miúdos a correr pelas estradas e muita pobreza, mas um sítio tão aprazível... Como explicar... Não choca porque as pessoas parecem felizes, acho que é isso!
No segundo dia começámos o dia cedito, pelas 7h e alugámos um “tuc tuc”, que é o meio de transporte mais utilizado por aquelas bandas (principalmente por turistas), uma espécie de carroça/charrete puxada por uma motinha que estamos sempre à espera que se desintegre a qualquer momento. Mas digo que é a forma mais agradável de se conhecer as redondezas! O trânsito é do mais caótico que possam imaginar, mas passadas umas horas a pessoa quase se habitua... :)
O passeio começou, então, em Angkor Thom, uma cidade Khmer cheia de templos que foi fundada pelo rei Jayavarman VII, o rei com mais obra feita em Angkor. O primeiro templo que visitámos foi Bayon, o templo estado de Angkor Thom, famoso pelas suas torres em forma de cara. Um sítio com uma arquitectura lindíssima que mereceu segunda visita, mais tarde... Seguimos por Bapuon, Phimeanakas, Preah Palilay, Tep Pranam, Preah Pithu, Terraço do rei Leper e Terraço dos Elefantes, todos estes templos e edificações dentro de Angkor Thom. Por razões de tempo e espaço não vai dar para vos mostrar fotografias de todos estes nomes esquisitos, mas quando voltar temos muuuuuitas fotos para ver (com legenda!)!
Uma das grandes riquezas de Angkor reside no facto de todas as suas construções derivarem de diferentes épocas/reinados e, especialmente, religiões (destaca-se a adoração a Shiva, Vishnu, Krishna ou Buddah).
De Angkor Thom seguimos para Thommanon, Chao Say Tevoda, Ta Keo e depois para Ta Prohm, um templo enorme guardado por árvores. Literalmente! As raízes das centenárias árvores envolvem as edificações dando a noção de plena harmonia entre as construções e a Natureza! Mais um sítio de ficar com a boca aberta. Mais uma vez realço que todos os sítios que visitámos foram belíssimos mas não posso descrevê-los todos, por isso fico-me por breves descrições dos mais importantes.
Depois de Ta Prohm almoçámos, começámos a digestão no lago Sra Srang e “tuctucámos” para Angkor Wat, o tão ansiado! E foi além das expectativas! Entre as paredes totalmente esculpidas em baixo relevo, a contar história de deuses e de batalhas, galerias imensas e o culminar na torre central em forma de monte, após a subida da íngreme escadaria. Não dá para transmitir a magia do local que só é atenuada pelo batalhão de turistas que o invadem, mas não deixa de ser magnificente!
O final do primeiro dia foi no cimo do monte Phnom Bakheng, após outra difícil mas recompensada escalada! Devo confessar que a foto faz parecer o pôr do sol mais esplendoroso que na realidade foi, mas se juntarmos o esforço de chegar ao local e toda a envolvência quase que foi assim. ;)
Ao fim do segundo dia caímos à cama mortos!
O terceiro dia começou cedo, às 4:30, para assistir ao nascer do sol no lago Sra Sreng. E valeu a pena! Fomos ao templo Banteay Kdei e seguimos para o Banteay Srei. Este dia teve viagens mais longas e passagem por aldeias pobres com a criançada nas ruas, os adultos também, bem na realidade parece que a maioria das pessoas não trabalha... Mas parece tudo de bem com a vida, não sei explicar. O que acaba por chocar (mesmo cansar) é a quantidade de crianças ao pé dos templos a tentar vender de tudo, insistentemente e com as mais variadas técnicas...
Seguimos para o templo Chau Srei Vibol, Mebon Este, Ta Som e Preah Kan, onde almoçamos. A tarde foi usada para rever os templos mais importantes e por isso voltámos a Bayon e tentámos assistir ao pôr do sol em Angkor Wat. Esta última prova não foi superada porque as nuvens nos pregaram uma partida!
O último dia foi também de acordar às 4:30 para assistir ao nascer no sol em Angkor Wat e queimar os últimos cartuchos. Mais uma árdua subida da escadaria, mas desta vez compensada por um belíssimo nascer do sol!! Que forma perfeita de terminar a nossa viagem! O avião era por volta das 11h para Kuala Lumpur e ainda tínhamos de fazer o check out da pousada... Amigos, foi uma viagem e tanto!!! É um sítio onde voltarei por certo!... E aconselha-se!